Racionalizar ou imaginar

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Falando pelo skype meu filho pediu para o interlocutor ligar o ventilador dele para que pudéssemos sentir o vento. Essa ideia dele me deu a noção exata de quanto deixamos de imaginar coisas possíveis para apenas ficarmos justificando as possíveis. Fiquei pensando se o problema era a ideia dele ou minha a falta de imaginação. A razão acaba por nós tornar inteligentes, mas também nos rouba algo único, nossa liberdade de imaginar.

O Prego e o martelo

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É impressionante a afinidade entre prego e martelo. Todo prego que se destaca dos demais leva uma bordoada. Por que? Porque sim. Tal prego não pode ser, estar ou ficar diferente dos demais. Mas existe um raciocínio triste que evita esse raciocínio. Quando me perguntam como é que eu estou digo que estou com problemas, mesmo que não os tenha, assim neutralizo a provável pancada do martelo e sigo feliz meu caminho. Quem pergunta da vida do outro quer comparação. O problema é que para isso eu preciso sublimar o efeito vaidade. E esse é o ponto.

A melhor justificativa

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O medo. O medo é a melhor justificativa para que não façamos o que queremos. Ainda mais quando uma saraivada de balas, de gente próximas a nós, com mais medo do que nós mesmos nos atinge. Vejamos, você gostaria de fazer, mas tem um medo enorme da exposição, mais medo da exposição do que de outra coisa. As pessoas ao lado acostumadas a normalidade tem medo de ter que lidar com o fato da mudança. Logo, o medo da mudança paralisa tudo e todos. É a melhor justificativa para que não tentemos, não façamos, nem nos arrisquemos. Pare de ter medo, mande as favas seja quem for, e que melhor se justifica para não te acompanhar. Aprenda com seus erros o real lugar do medo.

Humildade, competência e arrogância.

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A humildade nunca foi e jamais será sinônimo de competência. A competência pode, e geralmente é, uma desculpa para a arrogância. Ocorre que não há evolução sem competência, se competência vier regado de humildade, melhor. Mas sem competência não existe como ser melhor ou ajudar o próximo. Dito isto, gostaria de dizer que nem todo arrogante é competente, assim como nem todo humilde é capaz. A competência é imune a arrogância e a humildade, portanto, não pode ser desculpa para elegermos este ou aquele como referência. Caso façamos estamos elegendo incompetentes como referência e acabaremos por pagar com os erros destes, quando na verdade gostaríamos de disfrutar das benesses que vem dos competentes. Humildade não é competência técnica. Humildade e arrogância são relativos a comportamento. Assim, apoie a competência, me parece mais inteligente que ter dó, paremos de aprovar automaticamente.