Outro dia ao ministrar uma palestra sobre pesquisa e assuntos correlatos, para alunos interessados em desenvolver iniciação científica comecei a fazer considerações sobre o mercado de trabalho e a pesquisa. Muitas pessoas desconhecem a importância desta atividade em seu dia a dia. É tão importante que poucas vezes nos damos conta de que a fazemos diariamente em nossas atividades.
Em visitas a campo tive a oportunidade de ouvir por várias vezes, agricultores contando como fizeram esta ou aquela condução de lavoura, buscando melhorar a sua produtividade. Se isso não for pesquisa, então não sei o que poderia ser. Vejo, todos os dias, novos produtos sendo lançados com base em argumentações das mais diferentes possíveis para justificar sua utilização. Acredito que exista uma demanda por produtos, portanto, e obrigatoriamente, há espaço para pesquisa.
O problema reside no fato de que pesquisas não acompanham a velocidade do mercado, ou seja, não são respostas rápidas, são trabalhos longos e leva-se muito tempo para construir resultados sólidos e obter resultados confiáveis.
A ciência tem como base a pesquisa. Seriedade e paciência são seus aliados diretos. Fazer pesquisa requer informações detalhadas e uma considerável demanda de recursos. Venhamos e convenhamos, mas informações detalhadas não é o forte em nosso dia dia, nem recursos para pesquisa.
O conhecimento empírico do agricultor, aquele pautado na sua experiência, é muito relevante para sua realidade, mas na maioria das ocasiões não serve para outros ao lado dele. São conhecimentos particulares. Romper a barreira do conhecimento empírico, quer dizer organizar informações de forma a cruzar fronteiras, ou seja, provar, por anotações detalhadas e por uma visão crítica, que esse ou aquele produto ou serviço, nos atende bem de fato,livre de opinião e emoção.
Penso que há, em cada propriedade, particularidades que as fazem únicas, portanto merecedoras, cada uma delas de um pesquisador, um profissional pesquisador melhor, que possa colaborar com o levantamento de informações e análises críticas a fim de encontrar o melhor caminho para o sucesso da atividade praticada.
Cabe, agora, perguntar se o sucesso da agricultura deve-se ao dinheiro ou à pesquisa? Se o dinheiro conduz à pesquisa ou se é a pesquisa que conduz o agricultor ao dinheiro. Eis a questão!
Experiências na área comercial e industrial em multinacional de grande porte na área de desenvolvimento e pesquisa. Consultor, orientador e pesquisador parceiro junto a empresas. Mestre, com experiencia no ensino superior de instituições federais e particulares nos cursos de agronomia, administração, engenharia de produção, ambiental, minas, automação e civil.
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